quarta-feira, junho 27, 2007

Quase, quase aniversário

Estava a publicar o último post quando reparei numa evidência: era o número 149. Ou seja, e se a minha lógica não está errada, este é o número 150 (juro!). 150! Como é possível que já tenhamos escrito tanta parvoíce para aqui e, mais incrível, como é possível que até nos tenham lido? Incrível, de facto.

E depois (hoje estou mesmo perspicaz) reparei ainda noutro facto: hoje é dia 27 de Junho, daqui a dois dias este blog faz – incrível! – dois anos! O ano passado gozei bastante com o facto de se celebrar emotivamente o aniversário de um blog. Este ano, contudo, sobretudo porque já me reconheci a doença crónica do lirismo, vou fazê-lo de forma extremamente lamechas. Há que chorar lágrimas de alegria por dois anos disto!

Há dois anos, decidimos criar um blog, por brincadeira, por piada, surgiu assim do meio do nada e nasceu às três pancadas. Começámos meio toscamente, como se começam todas as coisas, sem saber muito bem o que queríamos escrever, o que queríamos partilhar. Também não sabíamos muito bem se este era um espaço de intimidade ou não, se era um espaço para nós e para aqueles que nos são próximos, ou se também para os outros, já que o espaço é público. Talvez ainda não saibamos, ou pelo menos eu não sei, porque não sei, na verdade, quem lê o que aqui está. Gosto de pensar que são mais pessoas do que as que sei que lêem.

Quando criámos o blog não sabíamos bem o que era, ou melhor, até onde se podia esticar. Apercebo-me agora de que os blogs têm um tempo de vida e já sei da blogosfera o suficiente para perceber que, mais cedo ou mais tarde, morrem – como todas as coisas. (Hum… supostamente isto é uma celebração de aniversário e não uma efeméride, mas pronto…) A blogosfera é um espaço de mistério, de virtualidade. Conheço blogs onde há uma exposição quase visceral do eu, outros que se distanciam propositadamente de si e se focam em aspectos específicos do mundo, outros ainda que são quase diários dos seus autores. Ao fim de dois anos, ainda não percebi bem o que é afinal esta (con)vivência. Talvez isso não seja mau, talvez não tenha de se definir.

Ao fim de dois anos, é giro olhar para os primeiros posts e ver o quanto eles mudaram, evoluíram. (Vá, o quanto nós evoluímos.) Mas sobretudo, é bom ver os comentários, é bom ler o que diz quem aqui passa e deixa uma marca da sua passagem. No fundo é isso a convivência, mais do que a partilha, a troca.

Por isso, parabéns a nós, há festa para quem nos lê, para quem comenta e para quem já por aqui passou de alguma maneira. Obrigada!