quinta-feira, maio 17, 2007

Exames, estreias e cigarros

Preciso desesperadamente de um cigarro. Preciso de o sentir nos lábios, de lhe sentir o cheiro lânguido e adocicado, de lhe ver a ponta incandescente queimando lentamente o seu corpo. Preciso da sua consistência, de lhe puxar o fumo para dentro de mim e saborear a calma e prazer de o sentir percorrer-me as alamedas do ar, de lhe travar a teimosia e voltar a deitá-lo cá para fora, lentamente.

Há dois momentos muito específicos em que gostava que o destino me tivesse tornado fumadora: um, nos dias que antecedem uma estreia, aquele nervoso miudinho do palco que nasce do baixo-ventre e viaja até à garganta, aquela adrenalina irrequieta; outro, nas longas e tortuosas épocas de exame, sobretudo naquelas que começam uma semana depois da Queima…

Por favor lembrem-me de que não estou sozinha!!!

4 comentários:

Anónimo disse...

No desespero decorrente da época de exames, essa tão malfadada e exasperante época, não estás sozinha. Acompanho-te.
Quanto à vontade de puxar de um cigarro e de envenenar os pulmões... já não estou tão do teu lado. :) Já sei, sou uma radical. Como diz a minha avó "É por isso que o mundo não se tomba"!:)

diz a minha avó e digo eu!:)

Ricardo disse...

A época de exames, para mim, é uma época calma, sem aulas, onde se tem que perceber o que vem nos livros recomendados pelos professores. O que sentes na época de exames, sinto eu na altura da entrega dos trabalhos práticos que, curiosamente ou não, vêm, seguidas, umas atrás das outras.

Quanto aos cigarros, recuso-me a pegar num. Vejo-os como armas de uma morte lenta e dolorosa e os fumadores como idiotas ingénuos. Perdoem-me a sinceridade, mas as mensagens que vêm nos maços não são publicidade. Não compreendo como médicos e pessoal que trabalha na área da saúde consegue fumar, não compreendo porque é que qualquer pessoa começa a fumar.

Beijo, boa sorte para os exames. Sem tabaco.

rita disse...

E já dizia o Quelhas que seria uma desgraça para a economia nacional se de repente todos os fumadores deixassem de fumar... lá se ia uma grande fonte de receitas e etc e etc (quando começa a falar de impostos o homem parece que fala de poesia).

Não acho que sejas radical, Leonor, por não quereres fumar. Bora lá partilhar o desespero!
Go sister go sister! :)

Ricardo, neste momento não imaginas o quanto te invejo. Quem me dera que as épocas de exames fossem para mim épocas tão calmas e tranquilas como são para ti. Pronto, é certo que já não te invejo no stress dos trabalhos, mas como eu já nem sei o que é ter trabalhos...
Quanto ao que disseste sobre o tabaco, lembrei-me de um amigo meu de Medicina que disse que desde que soube exactamente quais os efeitos do tabaco ficou todo enojado e nunca mais pegou num. É, as mensagens não são publicidade. E eu sinto que tenho mais onde gastar o meu dinheiro. Ainda assim, compreendo os fumadores e não os vejos como ingénuos (a não ser os de 16 anos que começam a fumar só porque é fixe e os outros fazem, se bem que agora a moda é outra e fumar já não é assim tão fixe). Talvez seja uma questão em que se pesam os malefícios de um lado e o prazer do outro...
beijos

Ricardo disse...

Prazer?

Não deve ser muito agradável inspirar aquela alcatrão pela traqueia abaixo... É como se fosse respirar fundo dum tubo de escape :S

E detesto mas DETESTO que fumem em restaurantes... Maldita lei que nunca mais é aplicada em todo o sítio...

Já diz o grande Nuno Markl: "zonas de fumadores e não fumadores em restaurantes é como ter zonas de urinadores e não urinadores em piscinas"!

Ou isso ou aumentar o preço dos maços estupidamente! Quem PRECISA MESMO há-de conseguir pagar!

Beijinho.

P.S: a época de exames não é relaxada. Simplesmente, a época de entregas é pior. Ou não fossem 4:58 da manhã de terça feira dia 22 de Maio e eu no Departamento. Enfim, vidas.