E se tudo for excessivamente pessoal? E se tudo revelar tudo de nós? E se todas as palavras Forem véus translúcidos Para a nossa humanidade? Então a dor de se saber pessoa É mitigada pela partilha dessa dor. Somos todos iguais no interior E fingimos todos ser aquilo que queremos Sorrimos, amamos, rimos e sofremos E é nessa humanidade que o nosso ser ressoa.
terça-feira, janeiro 09, 2007
Se
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2 comentários:
Poema interessante sobre o poder das palavras, mais, sobre a matéria e substância das palavras. É curioso que tomes as palavras como "véus translúcidos", onde tantos escritores/poetas as tomam como aproximações insuficientes e outros, no outro extremo, como realidades superiores à própria realidade e, por conseguinte, mais abrangente e precisa do que o próprio real. Para ti, elas têm a medida exacta. E são instrumentos de partilha e - ideia bonita! - essa partilha é que nos mostra humanos.
Leste-me bem: para mim as palavras têm a medida exacta (pelo menos a maior parte das vezes.)
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