Uma das frases que sempre me intrigou mas que, compreendida, tem mesmo sentido. Na homilía de hoje o padre Carlos falou exactamente disto. De como podemos sempre subir mais e mais e mais para poder abrir os braços e partilharmos um abraço com Cristo. E como o conseguimos? Com a Humildade. A Humildade é muitas vezes entendida (mal, a meu ver) como o valor de quem se esconde, de quem se auto-diminui sempre, de quem se faz de "humildezinho" para alguém o valorizar. A Humildade é muito mais. Não é sinónimo de "coitadinho", nem antónimo de "todo inchado", "convencido", "empipado", "emproado". A Humildade é sermos nós. Com os defeitos e virtudes da pele que vestimos, do corpo e mente que somos. É sabermos qual é o nosso lugar no mundo consoante aquilos que vamos descobrindo em nós e explorarmo-nos ao máximo servindo os outros e fazendo outros felizes. Não é subindo atabalhoadamente, à custa do próximo, com pressa de "viver o momento", com medo de perder a oportunidade. É descendo ao nosso lugar, descobrindo-nos, aceitando-nos, libertando-nos dos medos que se colam à nossa pele, servindo e amando, que vamos escalando o caminho até Cristo.
Assim como Cristo subiu aos céus depois de ter descido à terra.
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