Hoje saiu no Público uma notícia com um título sugestivo:
"O noivado do sepulcro
Um grupo de arqueólogos em Itália encontrou dois esqueletos humanos abraçados, sepultados há 5000-6000 anos. A descoberta foi feita num local de escavações perto de Mantova e entusiasmou os historiadores. Os dois esqueletos devem ser de um homem e de uma mulher, embora isso ainda necessite de confirmação. O casal morreu jovem porque a maioria dos seus dentes estava intacta e pouco desgastada. Os testes a que vão ser sujeitos vão, provavelmente, acabar com este abraço de vários milénios."
A fotografia é irresistivelmente romântica, daquele romantismo oitocentista que brinda ao título do artigo. Soares de Passos e a sua obra-prima homónima estarão certamente às voltas de contentamento profundo na campa, juntinhos num abraço eterno e romântico. Que pena nunca se ter autopsiado o seu poema!
"Porém mais tarde, quando foi volvido
Das sepulturas o gelado pó,
Dois esqueletos, um ao outro unido,
Foram achados num sepulcro só."
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