Cada um de nós é insubstituível. Depende. É doloroso perceber que mesmo que cada um, sendo único, irrepetível, inigualável, seja insubstituível naquilo que pode dar numa relação, que pode levar para uma relação, que pode acrescentar ou tirar a uma relação, que pode mudar e melhorar numa relação, é totalmente substituível no lugar que ocupa na vida daquele com que relaciona, objectivamente falando. Aquele lugar dentro de nós, observado objectivamente como o espaço que temos em nós disponível para ser objectivamente ocupado por outros, pode ser ocupado por A ou por Z. Ganhamos coisas diferentes de o ocuparmos com A ou se o ocuparmos com Z mas tanto o A como o Z são substituíveis se observados objectivamente como simples ocupadores do lugar observado objectivamente como o espaço que temos em nós disponível para ser objectivamente ocupado por outros.
O que dói é saber (e sentir) que
objectivamente
nada é somente objectivo.
1 comentário:
Gostei muito dos textos que li aqui no teu blog. Coloquei o "Em jeito de carta a um suicida..." no meu.
Aparecerei para ler mais.
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